terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Pausa

Caros leitores, daremos uma pausa.

Retornaremos em breve.

Boas festas!

domingo, 20 de dezembro de 2009

Mais do mesmo: Tempestade inunda Belo Horizonte




 



No último dia do ano de 2008, uma das principais avenidas de Belo Horizonte, a Tereza Cristina, transformou-se em um rio depois que o Arrudas transbordou na região Oeste. Comentei sobre esse assunto no blog.

Pois bem, a Prefeitura de Belo Horizonte teve a brilhante ideia de rebaixar o leito do rio Arrudas na esperança de conter as  inundações.

Segundo a COPASA, "a participação da Copasa tem o objetivo de proteger os interceptores nas margens direita e esquerda do Arrudas que levam os esgotos da região Oeste da capital até a ETE Arrrudas, evitando,assim, que caiam no seu leito. Já a intenção da prefeitura de Belo Horizonte é diminuir o risco de enchentes e acabar com as erosões que ocorrem naquela região, principalmente nos períodos de chuvas fortes e intensas". 

Comentei que esse tipo de obra só adia o inevitável. Leia aqui.

E eis que o inevitável veio a galope:

"A avenida Tereza Cristina e o cruzamento entre Amazonas e Francisco Sá ficaram alagados." O TEMPO ON LINE.

Enquanto não entendermos que urbanizamos nossas cidades mal e porcamente, sem nos preocuparmos com o local, suas especificidades, continuaremos sempre andando em círculos, digo, nadando em círculos.

Divirta-se e navegue no blog sobre o assunto.


Fotos: Jornal "O TEMPO". 


Publicado originalmente na Crise [!].

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Prefeitura de BH proíbe eventos na Praça da Estação

A Praça da Estação foi reformada há uns anos atrás justamente para poder receber eventos e manifestações.

Isso é mais uma prova de que o Poder Público preocupa-se mais com o bem estar dos veículos do que com a apropriação dos lugares públicos pelas pessoas e de que o brasileiro é espírito de porco quando continua a depredar o patrimônio público. Mas cabe ao Poder Público coibir e punir tais ações, e não lavar as mãos proibindo a apropriação da Praça. Mas o Brasil é mestre em impunidade e por isso vemos essas ações obtusas.

Com a reforma, a Praça se tornou um ambiente ainda mais árido, nada convidativo para permanência, inóspito, portanto. A possibilidade de fazer eventos afins esporadicamente era uma maneira de proporcionar lazer para a população.

A julgar pela reportagem, nada será feito para a apropriação adequada do imenso espaço desprovido de vegetação, sombra e lugar para sentar adequadamente. E a justificativa da proibição é para facilitar o trânsito de veículos; as obras viárias estão a todo vapor; nada de metrô e de melhorias no transporte público.
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Um decreto assinado pelo prefeito Marcio Lacerda, e publicado nesta quinta-feira (10) no Diário Oficial do Município (DOM), proibindo eventos de qualquer natureza na Praça Rui Barbosa, a Praça da Estação, a partir de 1º de janeiro do próximo ano, pegou de surpresa moradores da região, promotores de eventos e frequentadores do local.

Reformado há poucos anos, o espaço abriga o Museu de Artes e Ofícios e vinha sendo usado para shows, eventos de várias religiões e manifestações culturais diversas. A alegação da prefeitura é de que o patrimônio público estava sendo depredado e causando transtornos ao trânsito.

Marcio Lacerda, que participava da inauguração de mais uma etapa do projeto Vila Viva, no Aglomerado da Serra, disse que tomou a medida depois de ouvir sua assessoria e pelo apelo de moradores do entorno da praça, que se sentiam prejudicados por causa do barulho. Segundo ele, a decisão pode não ser definitiva. “Precisávamos dar um empo para encontrar uma solução ou outro local para esses eventos”, afirmou.

Segundo o prefeito, chegou até seu conhecimento o que ocorria quando da realização dos eventos, principalmente os que reunia milhares de pessoas. “Discutimos o caso, porque tivemos muitos problemas e dificuldades, além da questão do museu, que também funciona lá”, acrescentou.

A presidente do Museu de Artes e Ofícios, que funciona na praça desde 2005, Ângela Gutierrez, comemorou a decisão. “Não acredito numa coisa dessas, os eventos estavam acabando com o local, que foi recuperado há pouco tempo”, disse. Para ela, a decisão veio num bom momento, preservando um espaço para que a população, principalmente moradores próximos ao local, possam usufruir das belezas da praça.

“A praça pertence à população, mas deve ser usada com civilidade, com respeito e de maneira saudável. Muitas pessoas que moram no Centro têm poucos locais disponíveis para passar alguns momentos de tranquilidade”.

Ela acrescentou que ficava preocupada com o perigo de depredação das estátuas que decoram o local e que são de responsabilidade de seu museu. Muitos moradores vizinhos se disseram aliviados com o fim dos eventos.

“Não dava para ficar dentro de casa. O barulho é infernal, com muita gritaria e quem mora aqui não tinha sossego”, afirmou a professora aposentada Antonina Gonçalves, 56 anos, moradora do Edifício Barcelona, na Avenida Francisco Sales.

Já o técnico em segurança do trabalho André Messa, 27 anos, que mora no Condomínio Gastão Faria, ao lado do viaduto da Floresta, lamentou o fim dos eventos, principalmente os shows. “Quem perde é a cidade, que tem poucos locais para eventos. Aqui pra gente, não incomodava nada, às vezes até ia lá para participar”, contou.

O proprietário da Divina Comédia Produções, produtora de São Paulo, que realizou vários shows no local, como o de Fernanda Takai e Jota Quest, em maio, que reuniu cerca de 30 mil pessoas, lamentou. “Não tivemos qualquer problema. Lamento que a cidade fique órfã de um local para grandes eventos”.


Publicado originalmente na Crise [!]

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Exposição de Trabalhos na Vila Novo Ouro Preto

Amanhã dia 02 de dezembro, na Vila Novo Ouro Preto, serão apresentados os trabalhos, desse semestre, dos alunos das duas turmas de Planejamento Habitacional do Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo. A exposição começará por volta de 14:00 horas, no espaço ao lado da igreja católica na entrada da vila. Os alunso divididos em grupos de trabalhos irão apresentar propostas de melhorias habitacionais para a Vila e proposta de reassentamento de parte dos moradores em dois conjuntos de lotes próximos da Vila. Os trabalhos serão objeto de apresentação e discussão com a partecipação dos moradores e das lideranças locais. Trata-se do terceiro evento desse tipo que tem como objetivo último, além da aproximação entre alunos e moradores, a entrega desses produtos para a comunidade local.
Alfio Conti e Rogério Palhares
Professores da Disciplina de Planejamento Habitacional.