segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Morte e VIDA das grandes cidades

Esse período de mudança política nos municípios brasileiros nos leva a pensar, ainda mais, no futuro de nossas cidades. Temos visto nas campanhas, plataformas de governo, propagandas e debates que haverá, ao longo dos próximos 4 anos, investimentos em “obras públicas”, “obras de infra-estrutura básicas” e tantas outras obras que podemos chamar de “eleitoreiras”.
Devemos parar e pensar no que queremos para as nossas cidades e o que serão estas “obras públicas de infra-estrutura básica (?)”. Penso que estamos indo na contramão das boas práticas, tendo em vista o que queremos em nossas cidades. Não é a canalização de córregos, construção de vias e mais vias asfaltadas e viadutos sem fim que priorizam o transporte privado (o grande vilão da qualidade de vida dos grandes e nem tão grandes centros urbanos) que nos proporcionará qualidade de vida.
Por que não nos inspiramos nas boas práticas? Por que não pensamos e pesquisamos no que é feito de qualidade e real melhoria na vida das pessoas, ao invés de irmos a favor dos interesses econômicos?
O vídeo abaixo, que infelizmente está em inglês, nos mostra o que a boa vontade política aliada à vontade de melhorias qualitativas pode fazer. A cidade de Seul, no ano de 2005, inaugurou a revitalização e requalificação do seu principal rio urbano, sinônimo de vida e prosperidade da cidade, que foi canalizado e esquecido para dar lugar a grandes avenidas e viadutos. Esta transformação urbana durou somente 3 anos e os investimentos aplicados se comparam a outras obras de “infra-estrutura básica (?)” que vemos sendo feitas nas cidades brasileiras, mas sem reais transformações e retorno da qualidade de vida das pessoas.



Quando vamos ver isso por aqui? Qual o futuro que queremos para as nossas cidades? Devemos pensar agora, criticar o que vem sendo feito, analisar e procurar mudar este quadro, enquanto ainda temos chance de mudar.

O maior problema de Belo Horizonte



A foto acima consta na edição 2084 da Revista Veja do dia 29 de outubro de 2008.

Segundo a reportagem, o saneamento é o principal problema que o próximo prefeito irá enfrentar.

Trabalho é que não nos faltará.

sábado, 25 de outubro de 2008

Política municipal de habitação em Belo Horizonte - o Residencial Asca: um estudo do Programa de Autogestão

Compartilho o seguinte texto: http://www.habitare.org.br/pdf/publicacoes/arquivos/colecao7/capitulo_15.pdf.

Refere-se a uma das experiências alternativas em habitação popular identificadas em Belo Horizonte na década de 1990.

Propõe-se a caracterizar o processo do regime de autogestão, adotado na construção do Conjunto Urucuia, em Belo Horizonte. Compõe-se da descrição do programa de autogestão em Belo Horizonte, acrescida da caracterização do projeto arquitetônico desenvolvido no conjunto, da solução urbanística adotada e do sistema construtivo empregado.

A partir de uma pesquisa de campo, buscou-se resgatar experiência da pós-ocupação, ou seja, o uso e apropriação dos espaços construídos e seus resultados encontram-se relatados no último item.

A experiência aqui relatada não se configura como uma experiência inovadora uma vez que a autogestão como prática para a solução de problema habitacional já existe no Brasil, desde os anos de 1980, ainda que de forma incipiente.

A autogestão é aqui entendida como uma das formas de produção de unidades habitacionais da política habitacional de Belo Horizonte para população de baixa renda. Prevê a participação pelos futuros moradores, mediante a adoção do processo de autoconstrução e de mutirão com assessoria técnica. Inclui também, necessariamente, a participação direta do gestor municipal da política habitacional atuando como provedor de recursos financeiros e/ou mediador na busca de financiamento, como controlador do cumprimento da legislação pertinente e da qualidade do empreendimento.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Paradoxos

Abaixo encontra-se dois trechos do vídeo produzido e dirigido por Aline Fernandes, Daniel Betting e Patricia Moraes. O video documentário "Vila Itororó -- Histórias de Apropriação e Posse", com duração de 45 minutos, conta o drama dos moradores de um cortiço no bairro do Bexiga que está para ser desapropriado e transformado em centro cultural, pela Prefeitura de São Paulo.





A foto é de Kowloo ou "A Cidadela Proibida de Kowloon". Uma das mais curiosas anomalias urbanas da história da humanidade. Destruída em 1993 por decisão mútua da China e Reino Unido, a Cidadela ficava na principal península da cidade de Hong Kong.

A Cidadela de Kowloon possuía, até antes de seu desaparecimento, cerca de 50 000 habitantes distribuídos numa diminuta área de 0,026 km² (densidade populacional de 1 900 000 pessoas por km²). Tratava-se, comprovadamente, do lugar mais denso em população do globo.

Os edifícios começaram a se fundir uns aos outros e milhares de modificações urbanas ocorreram (virtualmente nenhuma foi promovida por engenheiros ou arquitetos) até transformar a cidadela num verdadeiro monolito de alvenaria. Corredores labirínticos (antigas ruas e vielas) percorriam a massa de prédios, muitas vezes saindo do nível do chão e entrando dentro dos prédios em andares superiores.

Em uma declaração conjunta de 1984, a China autorizou as autoridades britânicas a demolir a Cidadela e realojar seus habitantes. A declaração foi reafirmada em 1987, mas só veio a ser executada em 1993.

Um parque municipal foi implantado no local onde antes ficava a Cidadela.



Tire suas conclusões.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Arquiteto mexicano Gabriel Castañeda Nolasco vai discutir habitação de interesse social

A USF (Universidade São Francisco) realizará o 1º Seminário Nacional de História e de Tecnologia da Habitação (SEHTHAB). O evento ocorrerá entre 22 e 24 de outubro, no campus da cidade de Itatiba, em São Paulo, e pretende discutir diferentes alternativas de habitação de interesse social.

O Seminário pretende promover a divulgação de pesquisas científicas e de trabalhos de extensão na área de Habitação de Interesse Social. Favorecer a discussão sobre os projetos de arquitetura e urbanismo propostos, desde o século XIX, para a classe trabalhadora no Brasil e no exterior. Expandir os fóruns de discussão científica no país, de forma a alimentar a propagação de experiências nas áreas de estudos históricos, tecnológicos, projetuais e de financiamento da habitação.

Professor da Universidad de Chiapas é um dos convidados do 1º Seminário Nacional de História e de Tecnologia da Habitação que acontece em Itatiba-SP que terá também a participação dos brasileiros Susana Pasternak, Nabil Bonduki, Maria Lucia Caira Gitahy e João Marcos Lopes. O seminário também contará com representantes da Caixa Econômica Federal e do Ministério das Cidades. Fonte: PINIWeb.

E Beagá?

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Desequilíbrio ambiental, cultura local e cultura tecnológica - A parceria entre a Associação dos Moradores do Jardins de Petropolis e o EI

O desequilíbrio hidrogeológico do meio ambiente é um problema real que afeta o território brasileiro da mesma maneira que afeta outras realidades espalhadas no mundo todo. As catástrofes e os prejuízos humanos e materiais, tantas vezes objeto de manchete por parte da mídia, são os efeitos mais evidentes desse problema. Desastres naturais na realidade são o resultado, muitas vezes, da acumulação e da sedimentação do desequilíbrio em conseqüência de ações desarticuladas e equivocadas.
Este processo de evolução do desequilíbrio ambiental é o fruto de posturas e atitudes cujas raízes mais profundam encontram-se na própria cultura das populações afetadas.
A cultura local e as práticas associadas à ocupação, implantação e gestão dos assentamentos humanos são elementos que caracterizam e distinguem cada civilidade. A história nos ensina que essas práticas evoluem lenta e progressivamente e são frutos de ajustes contínuos e pormenorizados. Além do mais as ações de intervenção devem ser feitas em uma escala que possa ser dominada para controlar efeitos não previstos. Exemplo disso é a história de Veneza e da sua laguna, onde, ao longo dos séculos, os venezianos, por questões de sobrevivência, empenharam-se em compreender as características e os processos mais íntimos que regulavam o ecossistema da laguna, ao centro da qual sua cidade estava implantada. Esse conhecimento permitiu-lhes equilibrar esse ecossistema instável por natureza, evitando os cenários finais que seriam de um lado o assoreamento, e isso foi evitado desviando para o mar uma boa parte daqueles rios que desembocavam na laguna e do outro a invasão do mar, que foi evitada implementando engenhosas obras de engenharia hidráulica. Os notórios problemas que a cidade e seus habitantes vivem atualmente são de origem contemporânea e resultado da perda desse conhecimento ao longo dos últimos 200 anos.
No caso brasileiro as práticas associadas à ocupação dos assentamentos humanos remontam ao processo de colonização portuguesa e são marcadas, desde então, por uma importação exógena e acrítica de idéias, conceitos, práticas e tecnologia. Esta postura, que se reproduz para todos os campos do conhecimento, permanece ao longo de toda a história brasileira tornando-se parte integrante de uma cultura dissociada do conhecimento intimo da realidade físico-ambiental. A sustentabilidade ambiental no seu sentido mais amplo passa através desse conhecimento mas, apesar dessa consciência existir, os acontecimentos do dia a dia mostram o quanto a aplicação e implementação desse conceito encontra-se longe de ser uma realidade.
Atualmente não é mais suficiente manifestar-se favorável a um certo tipo de idéias, ocorre tomar atitudes e implementar ações, programas e criar uma cultura através do fazer pragmático. As soluções existem e estão disponíveis. Nunca como hoje é tão fácil ter acesso à informação e ao conhecimento no seu sentido mais amplo, entretanto este conhecimento a disposição não se transformou ainda em melhorias qualitativas do nosso habitat.
O desafio que está lançado é transformar este conhecimento em conhecimento "ativo", implementando, para os nossos problemas, soluções ad-hoc, especificas, peculiares, aptas e adaptadas ao meio ambiente que se pretende equilibrar. Para que seja alcançada esta meta é necessário que esse conhecimento seja alimentado de todas as formas possíveis pelo conhecimento intimo e profundo do ambiente que passa obrigatoriamente pela avaliação do desempenho das soluções aplicadas, isso podendo e devendo significar também correções de rumo e ajustes que se tornam importantes para a consolidação de uma nova cultura ambiental.
A proposta de cooperação tecnológica entre a Associação dos Moradores do Condomínio Jardins de Petropolis e o Escritório de Integração (EI) do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais está imbuída desse espirito: a partir dos problemas identificados elaborar um estudo integrado sobre as origens, as manifestações para a busca de soluções ambientalmente compatíveis e de baixo impactos.
O EI trabalha nessas questões há algum tempo possuindo a linha de pesquisa "desenvolvimento tecnológico de soluções de mesoestrutura de baixo impacto ambiental" e trabalhando em atividades e propostas de reabilitação físico-ambiental de áreas degradadas.
A proposta de parceria com a Associação dos moradores do Jardins de Petropolis é o desenvolvimento de uma intervenção em um trecho piloto para que possam serem redefinidas as práticas de manejo e gestão do recurso água de tal maneira que possam serem ajustadas e aplicadas em todas as microbacias conformadoras da área, para além dos próprios limites administrativos.
Objetivo final é buscar soluções locais para resolver os problemas existentes e implementar uma nova postura onde a água passa a ser um elemento com o qual cada morador possa conviver, e bem, no seu dia a dia. Em quanto proposta, implica na aplicação e no desenvolvimento tecnológico de soluções de mesoestrutura ajustadas dinamicamente ás peculiaridades locais com avaliação de desempenho, adequações e correções sucessivas, para que a intervenção nos Jardins de Petrópolis seja um exemplo de aplicação do conceito de sustentabilidade e um modelo de reequilibro ambiental.
Alfio Conti – Arquiteto, Urbanista e Planejador Territorial

"Tem casa de sobra em Minas Gerais"

Essa é a manchete vinculada no jornal Estado de Minas de hoje, ainda não disponível na web.

A matéria informa acerca de uma pesquisa feita pela Fundação João Pinheiro. A pesquisa constatou que o déficit habitacional de Minas Gerais é de 721.117 do total de domicílios. Enquanto isso, o número de domicílios vagos é de 748.906.

Maria Bernadette Araújo, coordenadora da pesquisa, observa que "em números absolutos, a falta de moradia está crescendo (em comparação com os dados de 2000). Mas o percentual em relação ao total cai, em função do crescimento expressivo da população."

Segundo a matéria, "famílias com renda de até R$ 1245,00 são as que mais sofrem com o problema".

Essa pesquisa é norteadora de Políticas Públicas.

O Alfio Conti tem mais propriedade para comentar essa notícia. 

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Sistemas de troca

Uma alternativa sustentável que pode ser utilizada não só em contas de luz, mas para atender as necessidades dos cidadãos. E não precisa ser somente garrafas PET, latas de alumínio e papéis.

Esse sistema de trocas podem ser utilizados nos PGE, por exemplo. Será que não?

Veja o vídeo com as experiências no Brasil e no mundo: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM668232-7823-SISTEMAS+DE+TROCA,00.html

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Frestas



Por que não popularizar? Não foi dessa vez que viabilizamos moradias nos baixios dos viadutos, mas em outras frestas, quem sabe?

O projeto acima é de Pieter Peerlings e Silvia Mertens.

sábado, 4 de outubro de 2008

Emergia e a Arquitetura Sustentável


Semana passada aconteceu a INOVATEC e o Escritório de Integração apresentou para a PUC os projetos ligados ao meio ambiente. O Alfio depois pode falar mais sobre isso tudo.

Pegando a esteira do meio ambiente, lanço a provocação a seguir.

Um colega de mestrado está trabalhando a aplicação da emergia no setor hoteleiro. Segundo ele, emergia é, grosso modo, a medida do impacto ambiental na produção de um produto até seu consumo.

Emergia segundo Odum (Emergy Evaluation, in "Advances in Energy Studies: Energy Flows in Ecology and Economy")

"É toda energia necessária para um ecossistema produzir um recurso (energia, material, serviço da natureza, serviço humano).

É utilizado como sinônimo de energia incorporada" ou também de "memória energética"".


O índice de emergia de um sistema pode ser calculado para avaliar a real sustentabilidade deste meio. A ciência econômica não consegue estimar, por exemplo, os recursos energéticos da biosfera. Então é necessário mensurar com abordagens ecológicas e energéticas para que compreenda-se a real economia do planeta.

Pelo que entendi, na arquitetura, a emergia poderia ser usada para saber a sustentabilidade de um edifício, calculando o impacto da fabricação e utilização de todos os materiais empregados na obra, bem como a mão-de-obra.

No Brasil a referência é o Enrique Ortega da UNICAMP e o Mauri Fortes da UNA e ECOLATINA.

Acho que essa pode ser uma frente que a arquitetura pode e deve se enveredar.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Os candidatos à prefeitura de Belo Horizonte e as propostas para a Politica Habitacional Municipal.

Propostas em ordem de numeração partidária:

12 Candidato Sergio Miranda
Plano de governo em PDF presente no site do candidato

" – rever o Plano Diretor e promover sua adaptação aos parâmetros do Estatuto da Cidade;

– incorporar ao Plano Diretor os instrumentos de democratização da vida urbana, regularização fundiária e justiça tributária contidos na Lei de Uso e Ocupação do Solo;

– atualizar a planta de valores que serve de base para o cálculo do IPTU, visando à justiça tributária e ao benefício da população;

– urbanizar as vilas e aglomerados urbanos por meio de uma política e um plano integrados ao PEDI;

– criar o Fundo de Urbanização de Vilas e Favelas, com dotação orçamentária referente a 2% da receita do Município;

– aumentar os recursos públicos para o Fundo Municipal de Habitação;

– negociar com as instituições de crédito, especialmente a CEF, condições mais favoráveis de financiamento para moradias;

– implementar o Plano Municipal de Habitação de Interesse Social, incorporando ao PEDI a meta de eliminar o déficit residencial, promovendo a construção de casas populares com a participação
dos sem-teto e mobilizando recursos junto aos governos federal e estadual;

– ampliar os serviços públicos de arquitetura e engenharia já existentes, estendendo-os gratuitamente a toda a população de baixa renda, de modo a garantir a elaboração universal de plantas e a racionalização dos recursos materiais para efetivar construções seguras
e econômicas;

– implantar uma assessoria técnica para o movimento comunitário, abarcando documentação, prestação de contas, regularização fundiária e outros serviços;

– revitalizar os bairros e áreas mais propícias ao entretenimento, especialmente o complexo da Pampulha, visando a torná-lo um pólo dinâmico baseado na aptidão para a cultura, o turismo, o
lazer e o esporte, mas preservando o perfil arquitetônico da orla."

15 Candidato Leonardo Quintão
Material achado no site do candidato:
"Ações-Metas:

- Promover a regularização imobiliária em convênio com o CREA, sem ônus para os proprietários, passando para a legalidade cerca de 70% dos imóveis da cidade que são irregulares;

- Manter todos os programas que visem à proteção daqueles que vivem em áreas de risco, como o “Vila Vivo” e outros;"

Outro material em outra página:
"Programas que serão mantidos e melhorados.

- Vila Viva

- Orçamento Participativo

..."

16 Candidata Vanessa Portugal
de trecho de entrevista
" Nós entendemos que quem recebe até três salários mínimos não tem condição de pagar IPTU, de pagar taxas de luz de água, por exemplo. Tem que ser isentos a esses impostos. Na verdade não ganham salário suficiente para sua sobrevivência. Essa é uma das nossas prioridades. E a partir dos recursos levantados com essa inversão, com a cobrança de impostos dessas grandes empresas, ter um plano de obras públicas que ataque duas frentes, a necessidade que a cidade tem de obras para a habitação, de urbanização, de construção de postos de saúde, e da expansão da rede escolar, principalmente da infantil. Ela além de suprir essas necessidades básicas também ataca o problema de Belo Horizonte que é o desemprego. Porque isso geraria uma grande frente de emprego em diferentes setores."
(O negrito é nosso e se justifica por estar dentro de uma resposta que atende a outras questões além da questão habitacional)

25 Candidato Gustavo Valadares
O candidato não tem propostas especificas, ou não foram encontradas em pesquisa na internet utilizando o motor de pesquisa Google e a chave "Gustavo Valadares Habitação", e "Gustavo Valadares Prefeito Belo Horizonte Habitação"

28 Candidato Jorge Periquito
O site do candidato tem uma janela de pesquisa, consultada à voz "habitação" a resposta foi; "nenhum registro encontrado!"

29 Candidato Pedro Paulo
O candidato não tem propostas especificas, ou não foram encontradas em pesquisa na internet utilizando o motor de pesquisa Google e a chave "candidato pedro paulo PCO BH habitação"

40 Cadidato Marcio Lacerda
Plano de governo em PDF no site do candidato
"Programa de Governo da Aliança por BH tem as seguintes propostas para uma Cidade com todas as Vilas Vivas:

Construir dez mil novas moradias para vilas e favelas por meio do Orçamento Participativo da Habitação, Orçamento Participativo Regional, Programa Estruturante de Áreas de Risco, PAC/Vila Viva e reassentamento das famílias atendidas pelo Programa Bolsa Moradia.

Expandir o Programa Vila Viva com o objetivo de atingir, durante os próximos quatro anos, 35% dos moradores de vilas e favelas de Belo Horizonte. Acabar com as áreas de alto risco durante os próximos quatro anos a partir de ação conjunta com o governo do Estado, utilizando unidades habitacionais construídas pela Cohab-MG para o reassentamento da população removida de
áreas de risco.

Promover a regularização de todas as unidades habitacionais produzidas desde
1993 e a regularização de 15 mil domicílios em vilas e favelas."

65 Candidata Jô Moraes
Plano de governo em PDF no site do candidato

- Legislação - Aprimorar a legislação urbanistica da cidade, incorporando e regulamentando os instrumentos que viabilizam o cumprimento da função social da propriedade urbana previstos no Estatuto da Cidade, especialmente no que se refere às Zeis 2 que delimitam áreas destinadas à moradia popular, de acordo com as diretrizes propostas pela Conferencia Municipal de Política Urbana.

- Sistema Municipal de Habitação - Aperfeiçoar e articular o Sistema Municipal de Habitação, responsável pela gestão da política habitacional do Município, ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social.

- Conselho Municipal de Habitação - Fortalecer o Conselho Muncipal de Habitação e as outras formas de participação popular nos programas da Política Habitacional.

- Parcerias - Estabelecer percerias com as universidades para estudo de novas tecnologias na área da construção civil e reunir as experiências esistentes que contribuem para o desenvolvimento sustentável e a inclusão social e territorial.

- Projetos - Fortalecer a área de projetos paa ampliar a capacidade de captação de recuros s junto a outras esferas de governo.

- Isenção IPTU - Ampliara a insenção do IPTU para imóveis com valor venal de até R$ 50 mil."

Contribuições são BEM-VINDAS!
Abraços.
Alfio Conti

Um e-mail, um trabalho, uma foto e algumas lembranças.



Amigos recedi e-mail do "Boletim do Programa de Tecnologia de Habitação (Habitare/Finep)" falando do Programa de Tecnologia da Habitação, no texto menciona-se várias iniciativas, entre as quais assinalamos aquela do grupo de pesquisa MOM (Morar de Outras Maneiras, da UFMG)que
" com apoio da Finep investe na concepção e implementação de uma “wikipedia” da construção. A proposta é que o banco de dados seja consultado e alimentado por arquitetos, engenheiros, construtores e outros profissionais envolvidos com a produção de moradias."
Acho esta uma inciativa muito boa pelo fato que visa sedimentar este conhecimento que costuma-se perder, ou esquecer, ainda porque a habitação popular sofre o fato de estar nas mãos do poder público e das administrações locais que obtem sucesso, a principio, veja o caso de Belo Horizonte, se conseguem se manter no poder.
No caso especifico de Belo Horizonte, a experiência habitacional que surgiu no amago da redemocratização sofreu do esclerosamento que é proprio da manutenção do poder, sem gerar um aprimoramento de suas atuações, mas a manutenção de um produto controlado em razão da perpetuação do "status quo" instituido.
Mas voltando ao e-mail que recebi nele havia uma parte que remetia a outras pesquisas e, em uma analise epidermica o que me chamou atenção foi esta noticia e mais do que a noticia a imagem a ela associada.
Por começar coloco a noticia:
"Habitação: Rede de pesquisa avalia empreendimentos populares em cinco estados. Um dos desafios assumidos pelas instituições é o desenvolvimento e a avaliação de novos componentes e sistemas construtivos focados nas necessidades regionais. Os estudos são focados tanto em obras novas como na recuperação de moradias", e a foto em questão era esta que está postada no canto alto a esquerda.
Coloco o link da noticia http://www.habitare.org.br/ConteudoGet.aspx?CD_CONTEUDO=498
na qual voces poderão ver que a foto não te nada a ver com os estudos de caso escolhidos pois trata-se do conjunto Residencial Asca chamado também de Urucuia localizado no Barreiro de Cima em Belo Horizonte no bairro Cardoso.
Para que quisesse localizar este conjunto com o Google Earth as coordenadas são:
20º00'32.96" Sul 44º0031'.18" Oeste
A não ser que a USP, já que, como afirmado na noticia, trata-se da única universidade que irá estudar empreendimentos em autogestão, utilize este empreendimento como estudo de caso, é bem provável que a foto publicada do Residencial Asca tenha chamado atenção pelas cores das edificações.
Aproveito portanto para lembrar que o Residencial Asca foi um conjunto habitacional no qual se utilizou a autogestão plena dentro da política habitacional municipal e que foi concluido em 2000.
Recebeu o premio de Gentileza Urbana 2000 e teve como Assessoria Técnica a "Schmidt Arquitetura e Urbanismo" com a participação da Leta e minha como técnico controlador da qualidade. Foram construídas 202 unidades com duas tipologias e as "economias invisíveis" como afirma Nabil Bonduki, possíveis em empreendimentos com este tipo de gestão, permitiram a complementação de boa parte das infraestruturas existentes, principalmente pavimentação das vias de pedestres, escadas de acesso ás moradias, redes de drenagem urbana, além de duas casas e das obras de dois espaços coletivos.
Abraços.
Alfio